quinta-feira, 9 de junho de 2011

Post. 4 - "Aprendizado de informática muda a vida de brasileiros pobres"


"O acesso à informática vem mudando a realidade de brasileiros que vivem em comunidades pobres. Onde o computador chegou, vieram as oportunidades.
Como tantos brasileiros, Leandro teve uma infância difícil. “Minha mãe saía de casa às 6h da manhã, para ir para um trabalho. À tarde, ela saía desse trabalho e entrava em outro", recorda Leandro.
Altamiro era metalúrgico. "Vai para o serviço, vem para casa, vai para o serviço, vem para casa", lembra Altamiro como era a rotina.
Joel, nascido e criado em uma área violenta do Rio de Janeiro, em 1995 percebeu que podia fazer uma virada. "Essa oportunidade surgiu onde eu moro, lá em Pilares, no Morro do Uburu”, conta Joel. A mesma oportunidade abraçada por Altamiro e por Leandro. Era um curso de informática, gratuito, criado por uma organização não-governamental especialmente para aqueles que não tinham oportunidade de chegar perto de um computador.
O Comitê pela Democratização da Informática (CDI) existe há dez anos. Pelos cursos do CDI já passaram mais de 600 mil brasileiros. O domínio de novas tecnologias significa a abertura de novos horizontes.
“A minha mente começou a mudar. Na comunidade, você só vê aquela realidade ali. Quando você sai dali, começa a ver outras coisas, conhece outras pessoas e assuntos diferentes", ressalta Joel.
“Saber utilizar o computador e a internet é fundamental para a geração de renda, para eles conseguirem um emprego no mercado de trabalho, para a educação e também para o lazer”, destaca Rodrigo Baggio, fundador do CDI.
Logo após o curso, Leandro conseguiu seu primeiro emprego. "Eu fui fazer uma seleção de emprego. Era eu e mais cinco jovens”, conta.
O CDI conta com doações particulares e parcerias de empresas. A primeira escola foi na Favela Santa Marta, no Rio de Janeiro. Hoje, as escolas se espalham por 35 cidades de 20 estados.
"Isso significa voltar para a escola pública, sair da criminalidade, e ter seu tempo ocupado de forma produtiva", afirma Baggio. A ação se desenvolve, também, em 10 países da América do Sul e da África.
Aos 25 anos, Joel virou professor de informática. Altamiro, aos 39, sustenta os três filhos fazendo manutenção e ensinando a usar o computador. Leandro fez vestibular e está na faculdade. "Hoje eu posso me colocar como um futuro sociólogo", diz Leandro.
Rodrigo Baggio tem confiança no futuro que ajuda a construir: "Se o computador e a internet forem utilizados como instrumentos para o desenvolvimento comunitário e transformação de vidas, nós podemos não só desenvolver as comunidades, mas transformar a nossa sociedade em uma sociedade com mais justiça, com mais equidade e com mais liberdade."
Fonte: http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL559510-10406,00-APRENDIZADO+DE+INFORMATICA+MUDA+A+VIDA+DE+BRASILEIROS+POBRES.html

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